sexta-feira, 7 de agosto de 2015

GAZE DENTRO DO ESTÔMAGO


Catiane dos Santos Bandeira, 35 anos, baixou em novembro de 2014 na Santa Casa de Caridade para fazer uma cirurgia de hérnia de hiato.
Mulher morre, em Alegrete, após possível erro médico

jul 30, 2015
Conforme o marido, Silvio Bandeira, três dias depois voltou ao hospital com muitas dores, e tudo o que comia vomitava. Os médicos não achararam nada e, dia 14 de maio ela fez um raio x onde foi constatado obstrução no esôfago. Dai, conta Silvio: “Minha esposa fez outra cirurgia, voltou para casa, mas sempre ruim e sem comer. Voltamos ao hospital e ela chegou a convulsionar, mas não perdia o sentido e em duas ocasiões me disse que ouviu de quatro médicos que na primeira cirurgia tinham deixado gaze dentro do seu estômago”.

Em resumo, continua o marido: “um outro cirurgião fez uma nova operação e chegou a fotografar o gaze no estômago. No laudo saiu que tinha obstrução intestinal devido a um corpo estranho”.

Ela continuou sem comer e piorou. E dia 22 de maio deste ano, a senhora morreu com infecção generalizada.

O esposo, que é motorista juntou documentos e dados e entrou na justiça para processar o médico que deixou a gaze dentro da esposa, após a primeira cirurgia para retirar uma hérnia de hiato, ainda em novembro de 2014.

Ela deixou esposo e três filhos. Um de 9, um de 10 e outro de 19 anos.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

O MÉDICO E O MONSTRO


"Ele me deformou toda", diz mais uma vítima de erro médico em cirurgia plástica no Rio
Dona de casa pagou R$ 4.000 por cirurgia e teve o corpo mutilado por cirurgião


Rio de Janeiro
30/7/2015

Mais uma vítima de um cirurgião plástico que prometia a mulheres o corpo perfeito quebrou o silêncio. Segundo a dona de casa, que preferiu não se identificar, ela pagou R$ 4.000 pela cirurgia e há 12 anos vive com esse sofrimento de ter tido o corpo mutilado pelo médico.

— Eu não posso pôr uma roupa apertada, não posso pôr um vestido, uma calça justa. Eu não posso porque fica aparecendo um buraco na minha barriga.

De acordo com a vítima, ela conheceu o médico José Vieira Junior ao ver um comercial na televisão, em 2003. A mulher foi a uma consulta, conversou com ele e decidiu fazer uma lipoaspiração e uma abdominoplastia.

— Ao invés de pagar para ficar bem, eu paguei para ficar pior.

A mulher contou que, quando acordou da cirurgia, tinha muito sangue espalhado na maca.

— Eu acordei com aquilo gelado nas costas, mas ele falou que era normal pós-cirurgia.

Ainda segundo a vítima, ela recebeu alta no dia seguinte à operação. O ponto arrebentou e ela contraiu uma grave infecção que afetou os pulmões.

— Fiquei quase um ano deitada sem conseguir fazer nada sozinha, nem mesmo comer ou tomar banho, na recuperação da infecção.

Devido a inúmeros problemas pós-cirúrgicos, a vítima resolveu levar o caso à Justiça. O processo durou seis anos e ela venceu a ação. O juiz determinou que o cirurgião a indenizasse em R$ 30 mil, mas, até hoje, quatro anos depois, ela não recebeu nada.

O médico que operou a mulher nunca compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos, mas, mesmo assim, foi indiciado por lesão corporal. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o médico não é filiado ao órgão. O Conselho Regional de Medicina do Rio confirmou que o cadastro do médico está ativo, mas não comenta denúncias que ainda não foram julgadas.

De acordo com o Ministério Público, outras três denúncias estão sendo investigadas. Procurado pela Rede Record, o médico não quis falar sobre as denúncias.

Outras vítimas

Uma mulher de 30 anos viu o sonho de ter o corpo perfeito se transformar em pesadelo. A paciente contou que também foi vítima do cirurgião plástico. A jovem colocou uma prótese de silicone nos seios. Segundo ela, o médico sequer deu anestesia antes do procedimento.

— Ele me deu dois comprimidos, botou um pano verde na minha frente e começou a dar várias agulhadas no meu peito e eu comecei a gritar de dor. Ele falou que já estava acabando e a enfermeira também

Após a cirurgia, a situação só piorou. Com medo, a dona de casa procurou o médico. Ele aplicou uma medicação e a mandou voltar para casa. Desconfiada, a paciente foi ao pronto-socorro. Na unidade, a mulher fez um exame e descobriu que a prótese tinha rompido.

A mulher de Gilson de Lima viveu drama parecido. Melina Pereira também procurou o cirurgião para colocar prótese nos glúteos. Ela pagou R$ 7.000 pelo serviço. A vítima teve trombose em razão de complicações da cirurgia e morreu seis meses depois. Gilson contou que a mulher já sentiu dores após o procedimento.

— Ele nem deu atenção. Ele disse que ia ver outra pessoa em Alcântara. Eu que dei assistência. O médico que tirou a prótese se apavorou. Estava tudo errado.

http://r7.com/jYYb

INVESTIGAÇÃO POLICIAL


Mulher morre após cirurgia plástica; médico é investigado por erros e continua atendendo na Tijuca

A polícia investiga um cirurgião plástico por erro médico, uma pacientes morreu após colocar uma próteses de silicone. José Vieira Júnior, realiza os procedimentos sem qualquer cuidado e várias pacientes tiveram problemas. Segundo pacientes, ele não usava anestesia durante as operações. O marido da vítima falou no Balanço Geral sobre as condições que o médico atuava. José continua atendendo em uma clínica na Tijuca, zona norte do Rio.



http://videos.r7.com/mulher-morre-apos-cirurgia-plastica-medico-e-investigado-por-erros-e-continua-atendendo-na-tijuca/idmedia/55b138990cf2ee98573d3b26.html

HOSPITAL RETIRA O ÚTERO AO INVÉS DA VESÍCULA

Mulher é internada em hospital para operar vesícula e sai da mesa de cirurgia sem o útero
Família de Kátia Regina Vargas Araújo, de 45 anos, acredita que erro médico ocorreu porque outra paciente com mesmo nome estava internada na unidade

19 de junho de 2015


Mulher é internada em hospital para operar vesícula e sai da mesa de cirurgia sem o úteroKátia Regina precisava tirar a vesícula, mas acabou perdendo o útero

A cuidadora de idosos Kátia Regina Vargas Araújo, de 45 anos, deu entrada na Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora da Glória, no centro de Belford Roxo, Baixada Fluminense, nesta quarta-feira, para operar a vesícula, mas acabou tendo o útero retirado na sala de operação. Mais de 24 horas depois de passar pelo centro cirúrgico da unidade de saúde, Kátia e o marido, o auxiliar de serviços gerais Arnaldo Pinto Araújo, de 49 anos, não receberam nenhuma explicação sobre a mudança na operação. A clínica é particular e tem convênio com o SUS. O marido de Kátia, que soube da retirada do útero em vez da vesícula na quinta-feira pela manhã, depois que a própria mulher ligou para ele, acusa a unidade de erro médico.

"Ela ligou pra mim às 6 horas da manhã me avisando, falando: 'Arnaldo, aconteceu uma tragédia. Eles me operaram errado. Em vez de me operar a vesícula, eles tiraram o meu útero'. Todo o prontuário, todos os exames dela, eram para fazer a cirurgia da vesícula", conta.

Segundo Arnaldo, a cirurgia de vesícula estava marcada inicialmente para o dia 28 de maio, porém, quando a família chegou para o procedimento, a casa de saúde estava fechada. A cirurgia foi então remarcada para esta quarta-feira, dia 17. Kátia Regina deu entrada no hospital às 11h30. O médico que deveria operá-la não estava na unidade e outro médico operou a cuidadora de idosos. O marido de Kátia acredita que o médico pegou o prontuário errado na hora de ir para a sala de cirurgia, já que outra paciente com o mesmo nome estava internada na casa de saúde.

"Como tinha uma outra pessoa com o mesmo nome da minha mulher, ele [o médico] deve ter pego o prontuário errado e aí ele fez essa operação. Quando ela acordou, foi que ela viu que o procedimento foi errado", diz.

Ainda no hospital, Kátia sente muitas dores por causa do problema na vesícula

Ninguém da administração da unidade quis se pronunciar. O marido de Kátia afirma que o médico que deveria ter feito o procedimento, doutor Marcos Macedo, admitiu o erro e informou que a cirurgia de vesícula deve ser na sexta-feira da outra semana, quando a mulher for retirar os pontos. A família, porém, está preocupada de a mulher passar por mais uma operação em tão pouco tempo. Enquanto isso, Kátia Regina continua sentindo dores e passando mal por causa do problema na vesícula.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora da Glória já havia sido interditada no final de março deste ano por falta de equipamentos, inadequação de estrutura física no processo de trabalho e por indisponibilidade de recursos humanos. Ainda de acordo com a secretaria, a casa de saúde foi reaberta um mês depois após resolver os problemas. O advogado da paciente, Maximino Gouveia, afirmou que vai registrar o ocorrido na delegacia de Belford Roxo por negligência médica e levar o caso até o Cremerj, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro.