segunda-feira, 14 de maio de 2012

ERRO MÉDICO NO CEARÁ


"Erro médico mata mulher no Ceará"

Publicado em 23/07/2011 pelo(a) Wiki Repórter Roberto Leal, Salvador - BA
A Polícia Civil do Ceará instaurou inquérito para apurar a morte de uma aposentada de 75 anos, após ter recebido glicerina no lugar de soro no Hospital Geral de Missão Velha. Depois de passar mal, a paciente foi levada ao Hospital São Vicente de Paulo, em Barbalha, cidade vizinha.

A equipe médica, em Barbalha percebeu o erro, mas a mulher não resistiu e faleceu horas depois de ser atendida. Funcionários do Hospital de Missão Velha serão ouvidos. A polícia vai apurar de onde partiu o erro, procurando punir os responsáveis.

sábado, 12 de maio de 2012

Doar medula não é tão seguro como apregoam.


Universitária morreu por erro médico, segundo o
IML
(Foto: Reprodução/TV )
21/07/2011
Erro médico matou doadora de medula óssea em SP, diz IML
Universitária de 21 anos morreu após fazer procedimento para doação.
Caso aconteceu em São José do Rio Preto, no interior de SP.


O laudo entregue nesta quinta-feira (21) à Polícia Civil confirma que a universitária Luana Neves Ribeiro, de 21 anos, morreu por causa de erros médicos cometidos enquanto esteve internada no Hospital de Base (HB) de São José do Rio Preto, a 440 km de São Paulo. Luana morreu no dia 4 de julho quando era submetida a preparativos médicos para fazer a doação da medula óssea para uma criança com leucemia do Rio de Janeiro.

A morte levou o hospital a paralisar a coleta de medula para transplante e o Conselho Regional de Medicina (Cremesp) e a Polícia Civil a abrirem investigação.

O laudo, do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp), atesta que a jovem teve a veia subclávia perfurada, o que causou hemorragia e um choque hipovolêmico - queda de pressão causada por grande vazamento de sangue -, que a levou à morte. As perfurações ocorreram durante a tentativa de implantar um cateter para fazer a coleta da medula na veia subclávia (próxima da jugular) esquerda, segundo o laudo.

Os médicos não diagnosticaram as perfurações e liberaram a moça, que estava hospedada em um hotel de Rio Preto. Quatro horas depois, Luana foi levada à emergência do hospital reclamando de fortes dores e agonizou por mais de uma hora sem receber atendimento de médicos. Mas, ao ser assistida, foi novamente vítima de outros procedimentos errados, e morreu.

Nesta quinta-feira, o delegado João Lafayete Sanches Fernandes, do 5º Distrito Policial, onde foi aberto inquérito para apurar a responsabilidade pela morte da universitária, ouviu mais duas médicas, uma responsável pelo implante do cateter e outra que a atendeu na emergência. O médico também recebeu o laudo do SVO.

O documento mostra que houve "múltiplas perfurações em veia subclávia esquerda", como causa básica da morte. Em consequência, surgiram hemorragias intratorácicas, que causaram o choque hipovolêmico. "O choque hipovolêmico resulta da perda sanguínea ou volume plasmático. Isso pode ser causado por hemorragia, perda líquida ou trauma, sendo que o choque é uma disfunção que, se não corrigida, leva à morte", diz o laudo.

Com o documento, o delegado espera poder apontar os responsáveis pela morte da universitária. O Hospital de Base informou, por meio de sua assessoria, que não se manifestará sobre o assunto até o encerramento da sindicância aberta para apurar o caso.

terça-feira, 8 de maio de 2012

CEGOS, SURDOS E LOUCOS





PE: clínica que deixou pacientes cegas tinha água contaminada


08 de maio de 2012

Celso Calheiros
Direto do Recife

A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) apresentou nesta terça-feira o resultado da investigação feita no Instituto da Visão de Pernambuco, em Caruaru, 130 km do Recife. Foram encontradas 54 irregularidades em todos os setores da clínica privada, com destaque para a estrutura física inadequada, má esterilização de materiais cirúrgicos e contaminação da água utilizada.

No dia 26 de março, quatro mulheres que realizaram cirurgia de catarata na clínica desenvolveram inflamação do globo ocular (endoftalmite bacteriana aguda) e ficaram cegas. A inflamação foi causada pela bactéria Serratia marcescens, do grupo dos coliformes. De acordo com o relatório da Apevisa, toda água do instituto, inclusive a do bloco cirúrgico, era contaminada por bactérias do mesmo grupo das que causaram a cegueira das pacientes.

O gerente-geral da Apevisa, Jaime Brito, evitou taxar como causa da inflamação que levou à cegueira a presença de água contaminada por bactérias na clínica oftalmológica. No entanto, classificou a relação como "provável".

Além da água contaminada, os técnicos da Apevisa constataram falta de barreiras médicas. "Só deve entrar no bloco cirúrgico quem estiver com roupa e equipamento adequados, como jaleco e luvas. Isso não acontecia lá", relatou a médica infectologista da agência Ana Paula Henriques.

Ela também citou que a Central de Material e Esterilização não atendia à legislação e apresentava inadequações no cruzamento e no fluxo dos materiais, além da ausência de áreas imprescindíveis ao processo. O fluxo é fundamental para que o material que retornou da sala de cirurgia não tenha contato com o material esterilizado. "Pode-se dizer que a esterilização da clínica era irregular".

O bloco cirúrgico da clínica foi fechado em caráter preliminar, com prazo inicial de 90 dias, no dia 30 de março. Em 11 de abril, o Instituto de Visão recebeu uma infração. Os responsáveis médicos se defenderam, formalmente, e seus argumentos serão analisados pela Apevisa, explicou Jaime Brito. "O processo poderá ser arquivado ou a clínica receber uma penalidade, que vai da advertência à interdição definitiva. Além disso poderá pagar uma multa com valor estipulado entre R$ 2 mil e R$ 1 milhão", disse o gestor da Agência.

Em outra esfera institucional, a Apevisa encaminhou o relatório a todos os órgãos que instauraram processo para apurar o caso, como a Polícia Civil de Pernambuco, o Ministério Público Estadual e a vigilância sanitária de Caruaru, responsável pela fiscalização sanitária do Instituto de Visão de Pernambuco. A Vigilância Sanitária também oferecerá o relatório às vítimas, para que queiram ingressar na Justiça, e ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). Polícia, promotores e vítimas tratam o fato como crime.

O Instituto de Visão de Pernambuco espera a divulgação do relatório da Apevisa no site da agência para poder se manifestar, adiantou a assessoria de comunicação da clínica.

ÁCIDO NA GARGANTA


Rogério de Matos Novais, pai de Alan, na porta do Hospital Felício Rocho






Enfermeira dá ácido em vez de remédio a criança em hospital de BH Hospital admite troca de remédio ministrado em criança, que teve o esôfago queimado

11/04/2012
Guilherme Paranaiba

Uma possível troca de medicamentos no Hospital São Camilo, Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte, teria causado uma inflamação aguda no esôfago do pequeno Alan, de 2 anos, quando ele se preparava para fazer uma tomografia. O menino foi levado ao hospital no domingo, depois de bater a cabeça em casa, no Bairro Jardim dos Comerciários, Região de Venda Nova. Na hora de ser sedado para fazer o exame, teria recebido uma substância ácida usada para cauterizar verrugas.

Segundo a mãe de Alan, Erica Aparecida da Castro Novais, de 31 anos, uma enfermeira ministrou o remédio e ficou sem saber o que fazer no momento em que a criança rejeitou parte da substância. "Peguei meu filho e levei na mesma hora até a médica dizendo que havia algo errado. Ela não viu nada de anormal, mas rapidamente apareceram manchas na boca e no rosto indicando que ele tinha queimaduras. O diretor do hospital reconheceu que houve uma fatalidade e o remédio foi trocado", disse a mãe.

Ainda segundo Erica, a criança foi examinada por uma junta médica e liberada, para voltar ao hospital no dia seguinte. "Ele chorou e teve febre durante toda a segunda-feira e então resolvi ligar para o hospital. A ambulância do plano de saúde o pegou em casa e a médica garantiu que no estado em que ele estava nunca deveria ter sido liberado", garante a mãe.

Alan voltou na noite de segunda e ficou em observação até ser transferido na tarde de ontem para o Hospital Felício Rocho, no Barro Preto, para ser submetido a uma endoscopia. "O exame apontou uma inflamação grave no esôfago, que é compatível com a ingestão de uma substância ácida", informou o coordenador da UTI Pediátrica do hospital, Waldemar Fernal. Segundo ele, nesta quarta ou quinta-feira, o pequeno Alan será submetido a um exame para ver se o estômago também foi afetado. Pelo menos por duas semanas Alan não vai receber alimentos pela boca.

"Alan se alimenta apenas com soro e, caso o estômago não tenha sido afetado, será colocada uma sonda para receber alimentos não sólidos. As funções vitais estão preservadas e o pequeno não corre risco de vida. Do ponto de vista neurológico, também não há problemas", disse o médico. O Hospital São Camilo vai se pronunciar nesta quarta-feira às 11h. A família registrou um boletim de ocorrência e a Polícia Civil deverá investigar o caso.

VASELINA NA VEIA CAUSA MORTE



09/12/2010
Promotoria instaura inquérito para investigar troca de soro por vaselina em hospital de SP


JULIANNA GRANJEIA
DE SÃO PAULO

O Ministério Público instaurou nesta quinta-feira um inquérito civil para investigar as condições dos profissionais e a forma de armazenamento dos medicamentos no Hospital São Luiz Gonzaga, no Jaçanã, zona norte de São Paulo. Na madrugada de sábado (4), Stephanie dos Santos Teixeira, 12, morreu após receber uma dose de vaselina na veia em vez de soro.

Auxiliar de enfermagem admite ter injetado vaselina em menina e é indiciada
Hospital mostra embalagens à polícia

Stephanie havia dado entrada no hospital na sexta (3) com dores abdominais, diarreia e vômito. A Santa Casa abriu sindicância para investigar o caso e afastou a equipe que atendeu Stephanie.

A auxiliar de enfermagem de 26 anos que atendeu Stephanie prestou depoimento na quarta-feira (8), no 73º Distrito Policial (Jaçanã), e admitiu que trocou os frascos na hora da aplicação. A profissional foi indiciada por homicídio culposo.

A promotora de Direitos Humanos da área de saúde pública, Ana Lúcia Menezes Vieira, --que baixou a portaria hoje para instauração do inquérito-- afirmou que irá ouvir funcionários e fazer uma vistoria no hospital.

"Vamos apurar as condições de atendimento do hospital, as condições dos técnicos, enfermeiros e médicos do hospital, bem como a forma de acondicionamento dos produtos, que pareciam que estavam em embalagens semelhantes, tanto o soro como a vaselina. Quem são os responsáveis pelo envasamento da medicação, quais são as regras para o acondicionamento e se estavam em local apropriado".

O Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo) e o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado São Paulo) vão participar da investigação, segundo a promotora.
Rubens Cavallari-6.dez.10/Folhapress
Frascos usados para armazenar vaselina líquida (dir.) e soro hidratante apresentados pelo hospital São Luís Gonzaga, onde Stephanie Teixeira, 12, foi atendida
Frascos com soro hidratante (esq.) e vaselina líquida apresentados pelo hospital São Luís Gonzaga, de SP

DEPOIMENTO


A Polícia Civil já ouviu oito pessoas envolvidas no caso. Segundo o delegado Antônio Carlos Corsi, responsável pelo inquérito, ainda restam quatro depoimentos. O inquérito policial deve ser concluído até sexta-feira (10), de acordo com o delegado.

Muito abalada e chorando, a auxiliar explicou ao delegado que, no momento de aplicar a medicação em Stephanie, pegou dois frascos, um em cada mão. "Em um dos frascos ela leu hidratação e, no outro, ela disse ter visto hidratação, mas era vaselina. É um erro, aconteceu, não foi vontade dela, mas é imperdoável, que não pode acontecer no caso de um enfermeiro", afirmou o delegado.

O advogado da auxiliar, Roberto Vasconcelos da Gama, afirmou que sua cliente foi induzida ao erro. "O recipiente preparado pela Santa Casa [mantenedora do hospital] não dispunha de elementos esclarecedores que desse a ela condições de saber que se tratava de vaselina líquida".

De acordo com o advogado, o setor onde estava a vaselina era apenas para soro fisiológico e glicosado --que teria a densidade mais parecida com a da vaselina. "Não era de conhecimento dela de que, naquele lugar, haveria vaselina --que nem intravenosa é-- no recipiente igual e com a mesma diagramação do soro", afirmou Gama.

Sobre o argumento de que a vaselina não poderia estar guardada junto com o soro, o delegado afirmou que ainda vai apurar a informação. "Segundo informações que recebemos da Santa Casa, disseram que isso nunca ocorreu e que a medicação é usada dessa forma há muito tempo. Vamos apurar se o hospital também tem responsabilidade", afirmou Gama.

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08/12/2010
Auxiliar de enfermagem admite ter injetado vaselina em menina e é indiciada em SP

JULIANNA GRANJEIA
DE SÃO PAULO

A auxiliar de enfermagem de 26 anos que atendeu Stephanie dos Santos Teixeira, 12 na última sexta-feira no hospital São Luiz Gonzaga, no Jaçanã (zona norte de São Paulo), admitiu, em depoimento à polícia nesta quarta-feira, que aplicou vaselina em vez de soro na veia da menina. Ela foi indiciada sob suspeita de homicídio culposo (sem intenção de matar).

Hospital mostra embalagens à polícia

Stephanie foi internada com dores abdominais, diarreia e vômito, e morreu na madrugada de sábado (4), após receber a dose de vaselina.

O advogado da auxiliar, Roberto Vasconcelos da Gama, afirmou que sua cliente foi induzida ao erro. "O recipiente preparado pela Santa Casa [mantenedora do hospital] não dispunha de elementos esclarecedores que desse a ela condições de saber que se tratava de vaselina líquida".

De acordo com o advogado, o setor onde estava a vaselina era apenas para soro fisiológico e glicosado --que teria a densidade mais parecida com a da vaselina. "Não era de conhecimento dela de que, naquele lugar, haveria vaselina --que nem intravenosa é-- no recipiente igual e com a mesma diagramação do soro", afirmou Gama.

O defensor da auxiliar também disse que a vaselina foi usada no pronto-socorro infantil --onde a auxiliar atua-- para o atendimento de uma criança queimada e lamentou a morte da criança. "[O erro] Não pode acontecer, é lamentável, mas aconteceu porque se trata de ser humano. Foi erro também de quem não pensou na política correta de acondicionar aquilo", disse Gama.

Segundo o advogado, a auxiliar é formada há dois anos e trabalha há um ano e meio no hospital.

O delegado Antônio Carlos Corsi, do 73º Distrito Policial (Jaçanã), --responsável pelo inquérito-- afirmou que a auxiliar está "muito traumatizada" e chorou durante o depoimento. "Ela disse que a maior pena que alguém vai responder será dela porque foi um procedimento dela que causou um homicídio", disse Corsi.

A auxiliar explicou ao delegado que pegou dois frascos, um em cada mão. "Em um dos frascos ela leu hidratação e, no outro, ela disse ter visto hidratação, mas era vaselina. É um erro, aconteceu, não foi vontade dela, mas é imperdoável, que não pode acontecer no caso de um enfermeiro", afirmou o delegado.
Rubens Cavallari-6.dez.10/Folhapress
Frascos usados para armazenar vaselina líquida (dir.) e soro hidratante apresentados pelo hospital São Luís Gonzaga, onde Stephanie Teixeira, 12, foi atendida
Frascos com soro hidratante (esq.) e vaselina líquida apresentados pelo hospital São Luís Gonzaga, de SP

Sobre o argumento de que a vaselina não poderia estar guardada junto com o soro, o delegado afirmou que ainda vai apurar a informação. "Segundo informações que recebemos da Santa Casa, disseram que isso nunca ocorreu e que a medicação é usada dessa forma há muito tempo. Vamos apurar se o hospital também tem responsabilidade", afirmou Gama.

O delegado afirmou que oito pessoas já foram ouvidas e ainda restam mais quatro. Hoje, além da auxiliar, dois médicos que atenderam Stephanie prestaram depoimento. Eles deixaram a delegacia sem falar com a imprensa.

O inquérito deve ser concluído até sexta-feira (10). A profissional pode pegar de um a três anos de detenção.

A Santa Casa abriu sindicância para investigar o caso e afastou a equipe que atendeu Stephanie. A assessoria do hospital não foi encontrada hoje para comentar o depoimento da auxiliar.