sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A RISADA ASSASSINA



Mulher relata dor após aumentar bumbum e suposta biomédica ri;
Paciente falou que sentia falta de ar e afirmou ter medo de sofrer um AVC.
Mulher que fez aplicação a mandou deitar e descartou riscos, em Goiás.


31/10/2014

A auxiliar de leilão Maria José Medrado de Souza Brandão, 39 anos, que morreu no último sábado (24), um dia depois de se submeter a um procedimento para aumentar o bumbum, em Goiânia, reclamou de dor no peito e falta de ar para a suposta biomédica que realizou o procedimento. Em áudios conseguidos com exclusividade pela TV Anhanguera, é possível notar que a paciente estava ofegante e fraca, mas a responsável pela aplicação descartou riscos, orientou Maria a comer "uma coisinha salgada" e deu risada.



Assim que chegou em casa após a intervenção, a auxiliar de leilão mandou uma mensagem dizendo que não conseguiu subir as escadas. "Não tô [sic] conseguindo ficar em pé, parece que eu vou desmaiar de tanta fadiga e do no peito, aquela agonia de não conseguir respirar", afirmou.

Iidentificada como Raquel, a suposta biomédica respondeu tentando acalmar Maria. Segundo ela, o motivo do mal-estar poderia ter sido uma queda na pressão e aconselhou a ficar de repouso. "Aconteceu isso comigo também porque eu não tinha me alimentado direito. Não tinha dormido direito. Isso influencia. Deita e descansa um pouquinho", disse.

Maria insistiu e afirmou que estava deitada há horas, mas continuava com uma sensação ruim. A suposta profissional tentou explicar que é comum ficar tensa com o procedimento e falou para ela comer "alguma coisinha salgada".
Maria José Medrado de Souza Brandão aplicação de hidrogel para aumentar o bumbum em GoIânia, Goiás (Foto: Aracylleny Santos/ Arquivo Pessoal)Maria José morreu um dia após aplicação no
bumbum

(Foto: Aracylleny Santos/ Arquivo Pessoal)

Risos
Momentos depois, Maria encaminhou uma mensagem escrita dizendo: "Tenho medo de AVC [Acidente Vascular Cerebral]. Minha mãe morreu cedo disso". Nesse momento, Raquel deu uma risada e descartou a possibilidade de paciente sofrer do problema.

"AVC não dá falta de ar não. AVC é no cérebro, não dá falta de ar. Pode ficar tranquila. Você fuma? Alguma coisa assim? Você costuma praticar atividade física? Pode ficar tranquila que tem a ver com a tensão, não tem nada", salientou.

Maria José conheceu o trabalho da suposta biomédica por meio de anúncios que a própria mulher colocava na internet. Ela fez uma aplicação, no início deste mês, mas não gostou do resultado e voltou para fazer novamente cerca de 15 dias depois, no último dia 24. No entanto, ela passou mal e chegou a ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Jardim América, mas não resistiu e morreu com quadro suspeito de embolia pulmonar no dia seguinte.

Quando ainda negociava a realização da aplicação, Maria ouviu de Raquel que não havia motivos para preocupação. "Eu não seria irresponsável a ponto de fazer um procedimento em você que fosse te deformar, que fosse te deixar com algum tipo de problema. Eu tenho curso, eu não tô fazendo uma coisa de qualquer jeito, entendeu?", indagou.

Em um grupo de no aplicativo de celular Whatsapp, Raquel também fazia propaganda de seu trabalho. "Faço bioplastia de glúteo. Se alguém tiver interesse, me chame inbox". Ao ser questionada sobre valores, ela informou que cobra até R$ 3,9 mil pelo procedimento e promete um "resultado imediato".
Maria José foi levada a hospital com dificuldades para respirar e não resistiu (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Maria foi levada a hospital com dificuldades para
respirar e morreu

(Reprodução/TV Anhanguera)

Depoimentos
A delegada Myrian Vidal, titular do 17º Distrito Policial de Goiânia e responsável pelo caso, já ouviu quatro testemunhas do caso. Na próxima segunda-feira (3), a suspeita de fazer a aplicação deverá ser interrogada. Segundo ela, faltam apenas esta oitiva e o laudo cadavérico para que possa concluir o inquérito.

"Se ficar comprovado que a vítima morreu em decorrência do procedimento, a mulher responderá por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Se não for provado, o que eu acho improvável, ela será autuada na contravenção penal por exercício irregular da profissão, pois o procedimento só pode ser realizado por médicos", explica.

Em nota, o Conselho Regional de Biomedicina da 3ª Região (CRBm-3) informou que, como o nome da mulher não consta na lista de profissionais com registro no órgão, leva o conselho "a crer que não seja ela biomédica". Ao G1, a gerência disse que já solicitou às outras quatro regionais para saber se a mulher tem a formação, mas ainda não recebeu as respostas.

A dona da clínica onde Maria José passou pelo procedimento, a esteticista Clênia Marques Rosendo, disse à polícia que não sabia qual o procedimento seria realizado no local e por isso decidiu local uma das salas para a mulher por R$ 250 a diária. A clínica foi interditada na terça-feira (28) por não possuir alvará sanitário. Além disso, o local também foi multado em R$ 2 mil.
Mulher investigada por morte oferece aumento de bumbum por R$ 3,9 mil em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Mulher investigada por morte cobrava R$ 3,9 mil
por aplicação

(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Ato exclusivo de médicos
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Luiz Humberto Garcia de Souza explicou ao G1 que o procedimento invasivo no glúteo é delicado e só pode ser realizado por médicos devidamente qualificados.

De acordo com o especialista em cirurgia plástica, há uma grande possibilidade de a paciente ter tido embolia pulmonar em virtude da aplicação no glúteo. “Esse produto é um gel muito articulado, são partículas muito pequenas que têm facilidade de penetração vascular e que podem ser levadas em um volume massivo para a árvore venosa do pulmão, gerando um caso gravíssimo de embolia pulmonar”, conclui.

Diante do ocorrido, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) publicou uma resolução proibindo o trabalho médico em estabelecimentos como clínicas de estética e salões de beleza. A norma começou a vigorar na quarta-feira (29).

domingo, 18 de maio de 2014

MARY MORENA



17/05/2014

Dançarina de funk morre no Rio após cirurgias de lipoaspiração e silicone
Zulmariana Oliveira, de 26 anos, era conhecida como 'Mary Morena'.
De acordo com o produtor de grupo de funk, cirurgia custou R$ 7 mil.


Uma dançarina de funk morreu nesta sexta-feira (16) após uma cirurgia para colocar próteses de silicone e uma lipoaspiração em um hospital da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Zulmariana Oliveira, de 26 anos, conhecida como Mary Morena, morava em Irajá, no Subúrbio do Rio, e era dançarina do grupos Absolutas do Funk e Tamy e as Delícias. O enterro, segundo familiares, será às 11h30 deste domingo (18), em Ricardo de Albuquerque.

De acordo com Leonardo Adame, produtor do grupo Tamy e as Delícias, Mary tinha pedido liberação para realizar a cirurgia e voltaria a trabalhar em junho. Adame afirmou que o consultório onde foi realizada a cirurgia não possuía UTI e Mary teve complicações após a operação. A cirurgia, de acordo com o produtor, teria custado em torno de R$ 7 mil.

De acordo com informações da 16ª DP (Barra da Tijuca), uma perícia foi realizada no local e testemunhas serão intimadas para depor. As investigações estão em andamento para apurar as circunstâncias.

Mensagens
"Informamos a todos os amigos da nossa eterna joia rara, que o seu sepultamento será amanhã às 11:30 no cemitério de Ricardo de Albuquerque, orem por nós, que Deus nos dê forças para continuar nossa jornada compreendendo sempre a sua vontade, obrigada a todos, infinitas saudades...", escreveu Márcia Mendes, mãe de Mary, no Facebook.

Mc Tamy, com quem Mary trabalhava, escreveu no Facebook que faria a mesma cirurgia, no mesmo consultório. "A todos os amigos e fãs que estão me perguntando a causa da morte da minha eterna Delicia Mary Morena Original. Então, ela faleceu nessa última noite do dia 16 de maio, às 21hs, durante uma cirurgia de lipoaspiracao na Barra da Tijuca (...). Estou indignada com isso pois eu tbm (sic) ia fazer uma cirurgia e Deus me livrou, mas infelizmente foi tarde pra nossa amiga Mary Morena, uma vez Delicia sempre Delicia, em pensar que ela quiz (sic) dar um tempo na dançar pra se preparar mais e fazer suas cirurgias pra melhorar nos palcos. Apesar que eu sempre falei pra ela que ela já era linda e gostosa e não precisava de mais nada ; ( to arrasada amiga porque vc me deixar (sic) tão nova assim", disse.


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18/05/2014
Namorado de dançarina morta após lipo planejava pedido de casamento
'Ia fazer o pedido no dia do meu aniversário. Estava vendo alianças', disse.
Perícia foi realizada em clínica e testemunhas serão intimadas para depor.


O corpo da dançarina de funk que morreu na sexta-feira (16) após uma cirurgia para colocar próteses de silicone e uma lipoaspiração em um hospital da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, foi velado na manhã deste domingo (18), em Ricardo de Albuquerque, no Subúrbio do Rio. O namorado de Zulmariana Oliveira, de 26 anos, conhecida como Mary Morena, disse que ia pedir a jovem em casamento no dia do aniversário dele, 6 de julho.

"O tempo todo ela estava sorrindo, a gente brigava e voltava sempre muito bem. Na verdade, ela estava sempre sorrindo para vida. A gente tinha planos de casar. Eu ia pedi-la em casamento no dia do meu aniversário. Eu já estava vendo as alianças, ia ser uma surpresa pra ela. A gente ia comprar uma casa juntos, já tínhamos o dinheiro guardado", revelou Walace Alfredo Valadares, jogador de futebol.

A mãe de Mary, Márcia Mendes, disse muito emocionada que a filha era uma mulher guerreira e que tinha muita saúde. "Vamos sempre lembrar dela com alegria, pois ela era assim", afirmou.

A dançarina morava em Irajá, no Subúrbio do Rio, e era integrante dos grupos Absolutas do Funk e Tamy e as Delícias. De acordo com o primo de Mary, André Chareet, dez amigas da vítima já haviam feito cirurgias com o mesmo médico que operou a funkeira.

“A gente só vai ter a verdade do que realmente aconteceu com o laudo do Instituto Médico Legal (IML). Por enquanto, não podemos julgar nem acusar ninguém sem provas", afirmou.

Amiga e companheira de grupo de Mary, Tamires Bastos, de 21 anos, afirmou que faria a cirurgia no mesmo hospital. "Eu já fui neste médico, eu entrei no consultório ele ficou sem me olhar por uns 15 minutos. Ele já olhou pra mim e disse que eu precisava mudar, porque era grande. Ele me disse que a Mulher Jaca, a Mulher Filé já tinham feito a cirurgia lá, mas eu não confirmei com elas. Eu estou revoltada com esse médico. Ele me disse que eu não precisava estar com todos os exames pra fazer. Eu ia fazer a lipo, mas não vou fazer mais nada. Não vou brincar com a vida. O sonho dela era ficar famosa”, disse.

Perícia
De acordo com Leonardo Adame, produtor do grupo Tamy e as Delícias, Mary tinha pedido liberação para realizar a cirurgia e voltaria a trabalhar em junho. Adame afirmou que o consultório onde foi realizada a cirurgia não possuía UTI e Mary teve complicações após a operação. A cirurgia, de acordo com o produtor, teria custado em torno de R$ 7 mil.

De acordo com informações da 16ª DP (Barra da Tijuca), uma perícia foi realizada no local e testemunhas serão intimadas para depor. As investigações estão em andamento para apurar as circunstâncias.

'Vida acabou', diz mãe
"Senhor...te rogo..misericórdia.....acalme a dor dentro de mim...me carregue no colo....pois esta muito difícil suportar.....minha vida acabou hoje!!!!", escreveu Márcia Mendes, mãe de Mary, no Facebook.


terça-feira, 18 de março de 2014

JOELHO INCHADO


Jovem afirma ter sofrido erro médico em cirurgia na perna, em Goiânia
Ele diz que, após quatro meses de acidente de trânsito, dores só aumentam. Haste solta no fêmur inchou joelho e ele não consegue fazer fisioterapia.
14/02/2014
Foto: Arquivo pessoal)

O auxiliar administrativo e estudante Willian dos Santos Silva, de 23 anos, denuncia ter sofrido um erro médico durante cirurgia para correção de uma fratura no fêmur, em Goiânia . O caso aconteceu em outubro do ano passado, quando ele sofreu um acidente de trânsito. Willian afirma que há quatro meses a situação do ferimento só piora.

“Mesmo eu fazendo fisioterapia, o joelho foi inchando cada vez mais e eu sentindo muita dor”, afirma. A cirurgia foi realizada no Hospital Santa Lúcia, na capital, em 5 de outubro. Por causa das dores, Willian retornou ao hospital cinco vezes, até que procurou outro profissional.

“A médica disse que a haste que tinha sido colocada estava solta. Também disse que não tinha só uma fratura, como o médico tinha dito, mas duas”, afirma o rapaz. A peça solta acabou interferindo no joelho de Willian, que, de tão inchado, não dobra mais. “Não consigo mais fazer fisioterapia e, para entrar no ônibus, é um sofrimento. Não sei como vou fazer para ir à faculdade agora”, lamenta.

Ao retornar ao médico que fez a cirurgia, foi recomendado que ele passasse por outro procedimento para afixar a peça novamente, em 28 de novembro. Porém, mesmo após a segunda cirurgia, as dores e o inchaço continuam. “Eles [os médicos] não olham na minha cara. Passam o remédio mais forte que existe e nem olham na sua cara”, afirma.

O Hospital Santa Lúcia enviou apenas o prontuário médico do paciente, mas preferiu não dar qualquer declaração sobre a denúncia de erro médico.