terça-feira, 4 de dezembro de 2012

SILICONE MORTAL

(Foto: Reprodução/ Facebook)
04/12/2012
'Falei para ela não fazer', diz mãe de modelo morta ao colocar silicone nos seios
em entrevista.
Jovem de 24 anos morreu em cirurgia realizada em Goiânia, no sábado (1º).


Dênia Ferreira de Castro Silva, mãe da modelo Louanna Adrielle Castro Silva, de 24 anos, que morreu ao fazer uma cirurgia para colocar silicone nos seios, em Goiânia, disse que está inconformada com a morte da filha. “Ela era um doce, um amor, amiga, companheira. Nunca me deu trabalho. Ela me obedecia e só não me obedeceu nisso. Falei para ela não fazer a cirurgia, mas era o sonho dela”, lamentou a mãe, em entrevista. Ela contesta o laudo médico sobre a morte da filha, que alegou que a jovem sofreu as paradas cardíacas porque seria usuária de drogas. "Isso não é verdade", garante.

Louanna era de Jataí, no sudoeste de Goiás, e foi eleita Miss Jataí Turismo em maio deste ano. Segundo a família, ela sonhava com a cirurgia. A jovem faleceu no sábado (1º), após sofrer duas paradas cardíacas durante a cirurgia que aconteceu em um hospital de Goiânia. Segundo o cunhado da vítima, Leandro Cabral, a modelo já tinha feito o procedimento na mama direita, mas sofreu uma parada cardíaca ao receber a prótese na mama esquerda. Sem Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no hospital, a jovem teve de ser encaminhada para outra unidade, mas não resistiu.

“Minha filha era uma mãe para mim porque ela cuidava de mim. Comprava roupa, penteava meu cabelo, me mandava ir ao médico. Não sei o que vai ser de mim sem ela”, desabafou Dênia .

Investigação
A Polícia Civil já instaurou inquérito para apurar as causas da morte da modelo. Para concluir as investigações, a polícia precisa do resultado dos laudos do Instituto Médico Legal (IML). Um deles, o toxicológico, vai apontar se a jovem tinha ou não a presença de drogas no organismo.

O exame foi pedido porque o laudo médico sobre a morte dizia que a jovem sofreu as paradas cardíacas porque seria usuária de entorpecentes, versão contestada pela família. O resultado do exame toxicológico pode levar mais de um ano para ficar pronto, segundo o IML.

“Muitos filhos fazem isso escondido dos pais [usam drogas], mas eu falo pelo caráter dela e por todos os amigos que conhecem ela e sabem que isso não é verdade. Eles vão ter que provar isso”, afirma a mãe de Louanna.

Segundo a titular do 13º Distrito Policial de Goiânia, Mirian Aparecida Borges de Oliveira, que investiga o caso, apesar de demorado, ela precisa do resultado do exame toxicológico para concluir o inquérito: “Com o resultado, vamos saber se houve ou não negligência médica”.

Sonho
Segundo a família, Louanna sonhava com a cirurgia. “Aquela menina era linda demais, mas ela não gostava dos seios e queria colocar silicone. Então, eu apoiei o sonho dela”, afirmou Giuliano Cabral, em entrevista ao G1, na tarde de segunda-feira (3). Ele vivia com a jovem há sete anos.

O problema maior, segundo Giuliano, é que o médico que operou a jovem não teria esclarecido que a UTI não ficava no hospital: “Na verdade, ele falou que a gente tinha duas opções. Ele operava aqui em Jataí ou em Goiânia. Preferimos Goiânia justamente por causa da UTI, mas ele não explicou que a unidade não tinha UTI. Pelo contrário, ele nos disse que estava tudo tranquilo”.
Modelo Louanna Adrielle Castro Silva, de Jataí, em Goiás, morreu ao colocar silicone














(Foto: Reprodução/Facebook)Família nega que modelo seria usuária de drogas

Segundo a família, o médico tem uma clínica em Jataí e outra em Goiânia, mas costuma operar no Hospital Buriti, na capital. O G1 entrou em contato com o hospital, mas informação foi de que ele não atende no local, somente realiza cirurgias e, por isso, não teria como encontrá-lo. Na clínica em Jataí, o telefone não atendeu.

A delegada informou que ainda nesta semana vai entrar em contato com a família da modelo para começar as oitivas. “Vou ver se eles têm condições de vir a Goiânia. Se não tiverem, vou mandar uma precatória para Jataí, para que sejam ouvidos lá”, afirmou Mirian.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

MORTE APÓS CIRURGIA PLÁSTICA


Alessandra Fernandes Silva, 41 anos sonhava em fazer as cirurgias plásticas

26/11/2012
Mulher morre após fazer cirurgia plástica em Governador Valadares
Dona de casa Alessandra Silva de 41 anos morreu após cirurgia estética.
Segundo médico, ela não apresentou problemas durante o procedimento.

“Um sonho interrompido”, lamenta o comerciante Wilsirley da Silva. Ele era o marido de Alessandra Fernandes Silva, 41 anos, morta em decorrência de uma embolia pulmonar no Hospital São Vicente, em Governador Valadares, no Leste de Minas Gerais.

Alessandra morreu na madrugada de domingo (25), após passar por alguns procedimentos cirúrgicos estéticos. “Ela deu entrada no hospital na manhã de sábado (24) para fazer duas cirurgias plásticas, de mama e abdome. Mas quando fomos visitá-la ela estava toda enfaixada. Havia feito ainda procedimentos cirúrgicos nos lábios, nariz, rosto e nádegas. Acho estranho tantas intervenções de uma única vez”, diz Wilsirley.
Wilsirley Silva mostra o guarda roupa e afirma que a mulher era vaidosa.












Wilsirley Silva mostra o guarda roupa e afirma que a mulher era vaidosa.


Durante a noite de sábado, Alessandra fez contato com a mãe por telefone. Segundo Eva Fernandes de Lima, a filha havia consultado outro médico que se recusou a fazer a cirurgia plástica. “O médico disse que ela estava muito ansiosa e que não faria as plásticas porque poderia haver risco. Ela estava preocupada comigo, queria saber se eu estava tomando os meus remédios direito. Terminou a ligação dizendo que me amava muito”, lembra Eva Fernandes.

As complicações teriam começado depois da aplicação de um medicamento na paciente. “Ela estava bem, mas reclamava de algumas dores e que não conseguia dormir. Foi então que aplicaram um medicamento no soro e ela começou a passar mal. A notícia da morte dela pegou todos nós de surpresa”, afirma a mãe de Alessandra.

Casada há 18 anos e mãe de quatro filhos, a dona de casa sonhava com as plásticas. “Era um sonho dela, ela queria muito, mas não precisava, minha esposa era muito linda”, diz Wilsirley.

Embolia pulmonar


Em nota enviada no início da noite desta segunda-feira (26), o médico Wander Pinto, responsável pelas cirurgias em Alessandra, diz que “segundo informações recebidas via telefone, apos necrópsia, o laudo médico pericial fez o diagnóstico de embolia pulmonar a ser confirmado posteriormente através de exames complementares a serem realizados em Belo Horizonte”.

Essas complicações são causadas quando um coágulo de sangue se desprende e vai até o pulmão, o que impede a respiração do paciente. A ocorrência desta complicação é rara, mas é uma das causas de morte durante cirurgias plásticas. O paciente pode não saber que tem trombose, um dos fatores que causam a embolia durante a cirurgia.
Hospital São Vicente em Governador Valadares












Hospital São Vicente em Governador Valadares

Tempo da ação


Na mesma nota, o médico detalha o tempo de cada ação até a morte de Alessandra. De acordo com Wander Pinto, a paciente foi submetida a cirurgia de dermolipectomia abdominal e mastoplastia de aumento com inclusão de silicones, por via abdominal.

“O tempo cirúrgico foi de aproximadamente quatro horas, sem qualquer intercorrência. A paciente recebeu a visita médica às 23h30, quando foi medicada para dor. Ela estava lúcida e clinicamente estável, com funções vitais normais”, diz o médico;

Durante este período, o médico afirma que estava presente, verificou a evolução clínica e conversou com a paciente durante todo o período. Após 20 minutos da medicação retirou-se, teria orientou a equipe de enfermagem quanto aos cuidados de rotina e foi embora do hospital às 23h58.

O cirurgião plástico termina a nota dizendo que por volta das 0h50 recebeu em casa o comunicado de que Alessandra estaria passando mal.

“Em aproximadamente três minutos a equipe iniciou os procedimentos cabíveis à emergência e à tentativa de ressuscitamento da paciente. A mesma foi levada ao bloco cirúrgico com ajuda da equipe de enfermagem, continuado o procedimento de rotina para a condição de emergência, solicitado a presença do anestesista e da equipe do SAMU. A paciente entrou em quadro de medriase fixa bilateral sem responder aos medicamentos. Junto com o colega do SAMU caracterizou-se o quadro de óbito”.
O delegado do CRM em Valadares diz que o caso será apurado.













O delegado do CRM em Valadares diz que o caso será apurado.

Apuração

Alessandra Fernandes Silva foi enterrada na tarde de domingo (25). O delegado do Conselho Regional de Medicina em Valadares, Márcio Rezende garante que o caso será apurado.

"Sempre que tomamos nota de casos desse tipo é aberto um processo de apuração. Vamos averiguar a conduta do médico e as condições da morte. Pode acontecer dois casos, erro médico ou um mau resultado. Se comprovado erro médico, falha do médico, o profissional é punido, mas se for um mau resultado, algo adverso que pode acontecer a qualquer médico, não há punição. Por isso, precisamos apurar", explica Márcio Rezende.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

ALIMENTO NA VEIA DE NOVO


(Foto: Reprodução/RBS TV)

Homem de 91 anos morreu após erro de procedimento em hospital de Osório(RS).
16/11/2012





Polícia investiga morte de idoso por alimento aplicado na veia no RS
Agricultor de 91 anos estava internado em Osório, no Litoral Norte.
Hospital admitiu erro e afastou a técnica de enfermagem das funções.

A Polícia Civil investiga a morte de um idoso de 91 anos no Hospital São Vicente de Paulo, em Osório, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Em depoimento, uma técnica de enfermagem admitiu que cometeu erro em um procedimento, aplicando alimento na veia do paciente. A polícia também apura a denúncia de que funcionários do hospital teriam tentado encobrir o fato, ocultando de familiares a causa da morte. Procurado pelo G1, o hospital admitiu o erro e negou que a instituição tenha tentado abafar o incidente. Familiares do idoso não quiseram falar sobre a morte.

"Lamentavelmente ocorreu esse erro de uma técnica de enfermagem. Assim que tomei conhecimento do ocorrido, determinei a abertura de processo administrattivo investigativo. Pelo que pudemos averiguar até agora, de forma alguma houve tentativa de abafar o fato. Ele foi subindo hierarquicamente, até chegar a mim", afirmou ao G1 Francisco Luiz Moro, diretor-presidente do hospital.
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Responsável pelo procedimento, a técnica de enfermagem de 37 anos foi ouvida pela polícia na tarde desta sexta-feira (16). Segundo o delegado responsável pelas investigações, João Henrique de Almeida, ela admitiu ter aplicado o líquido de alimentação na veia do paciente, em vez de usar o tubo que levava ao estômago do homem. “Sim, houve confissão formalizada. Ela admitiu ter trocado a sonda”, disse ao G1 o delegado.

O caso chegou à polícia após uma denúncia anônima, feita na quarta-feira (14), dia da morte do agricultor. Ele estava internado no hospital para tratar de problemas respiratórios. No mesmo dia, foi aberto inquérito para apurar o suposto erro hospitalar e a denúncia de que funcionários do hospital teriam tomado medidas para ocultar o erro de autoridades e familiares do paciente.

A polícia também apura uma suposta falsificação da certidão de óbito para ocultar a verdadeira causa da morte do paciente. No atestado de óbito do paciente, a causa da morte do agricultor foi determinada como “parada cardiorrespiratória e hemorragia digestiva”. "Isso não procede. Pelo que pudemos averiguar até agora, de forma alguma houve tentativa de abafar o fato. Ele foi subindo hierarquicamente, até chegar a mim", garantiu o diretor-presidente do hospital.

O delegado já solicitou a exumação do corpo do homem. Além disso, vai tomar o depoimento de todos os envolvidos no episódio, incluindo enfermeiros, médicos e familiares. “Vamos confrontar o prontuário com o atestado de óbito e outros laudos”, diz o delegado.

A técnica de enfermagem pode ser indiciada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, por imperícia. Como ela está colaborando com as investigações, a polícia não viu necessidade de pedir a prisão preventiva dela. Se a alteração de documentos for comprovada, os responsáveis também devem ser indiciados, diz a polícia. A direção do hospital ainda não se pronunciou sobre o caso.

Familiares do idoso se negaram a dar entrevistas. O corpo do agricultor de 91 anos foi sepultado na quinta-feira (15) no Cemitério Municipal Santo André Avelino, em Maquiné, sua cidade natal, vizinha a Osório. Internado por complicações respiratórias, ele deixou sete filhos.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

PERFURAÇÃO DO FÍGADO


(Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)Atriz Pâmela morreu durante lipoaspiração

Justiça de SP autoriza exumação do corpo de atriz morta em lipoaspiração
Pâmela Baris do Nascimento tinha 27 anos e morreu na mesa de cirurgia.
Ela foi enterrada em Santa Catarina.


31/10/2012

Pâmela participava de programas de TV e atuava como modelo.

O Tribunal de Justiça de São Paulo informou nesta quarta-feira (31) que foi autorizada a exumação do corpo da atriz Pâmela Baris do Nascimento, que morreu na mesa de cirurgia depois do seu fígado ser perfurado em uma lipoaspiração no bairro do Ipiranga, na Zona Sul da capital paulista. Ela foi sepultada em São Francisco do Sul, em Santa Catarina.

O prontuário da paciente, de 27 anos, e demais documentos relativos ao hospital onde a cirurgia aconteceu já foram entregues à polícia na terça-feira (30). O médico utilizava a sala do Hospital Green Hill para fazer as cirurgias plásticas. Segundo a polícia, o hospital é habilitado e tem os equipamentos adequados para fazer o atendimento necessário em caso de urgência.
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De acordo com o delegado que investiga o caso, Evandro Luiz de Melo Lemos, do 17º Distrito Policial, enfermeiros devem ser chamados a depor. A polícia investiga se houve algum erro médico durante a cirurgia e por que o médico liberou o corpo da paciente antes de comunicar a autoridade policial, o que caracterizaria fraude processual. O delegado afirmou que está em contato com a polícia de Santa Catarina, que está empenhada em realizar os trabalhos o mais rápido possível.
Atriz Pâmela morreu durante lipoaspiração

A morte de Pâmela aconteceu em 19 de outubro, mas o caso só foi registrado no 17º Distrito Policial, na segunda-feira (29), depois que a tia veio de Santa Catarina. A demora para fazer o registro chamou a atenção da polícia. Se ficar comprovados o erro médico e a má fé na condução da liberação do corpo sem a comunicação à polícia o médico pode pegar pelo menos 1 ano e 3 meses de detenção.

O G1 tentou fazer contato com o médico que fez a cirurgia, mas não obteve retorno. Em nota, o hospital afirmou que a instituição "jamais registrou caso que se assemelhasse" a este e que todos os seus profissionais são habilitados para os procedimentos que realizam. "Foi aberta uma sindicância interna para apuração dos fatos. Todas as informações colhidas serão documentadas e entregues às autoridades competentes conforme solicitação", diz a nota divulgada na terça.

Estudante
De acordo com um amigo, Pâmela, que chegou a fazer participações nos programas de Rodrigo Faro, da Record, e Celso Portiolli, do SBT, também estudava biomedicina em uma unidade das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU).

Segundo a família, Pâmela sempre foi vaidosa, principalmente depois que passou a ser modelo. Ela já tinha feito pelo menos duas cirurgias no nariz, colocado silicone e se submetido a uma lipoaspiração há um ano.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

CLÍNICA DE BACTÉRIAS


Sobe para 55 o número de mulheres feridas ao eliminar gordura em clínica
Elas foram infectadas durante tratamento para emagrecer em Cuiabá.
Hospital já fez cirurgia em 32 mulheres contaminadas por micobactéria.




Paciente contou que tratamento gerou diversas feridas na barriga


16/10/2012

Aumenta para 55 o número de mulheres que contraíram infecção em uma clínica de estética em Cuiabá, durante tratamento para eliminar gordura à base de enzimas. Trinta e duas delas já passaram por cirurgias para a retirada dos nódulos causados por uma micobactéria, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES). A clínica foi interditada pela Vigilância Sanitária no mês de julho.

Os procedimentos cirúrgicos estão sendo realizados no Hospital Metropolitano de Várzea Grande, na região metropolitana da capital, assim como o tratamento nas demais pacientes que sofreram a contaminação. O tratamento tem duração de dois a três anos. Porém, os pacientes reclamam da falta de medicamentos no hospital.

Os medicamentos fornecidos para o tratamento são a micacina, claritomicina e etambutol. Os dois primeiros medicamentos são fornecidos pelo Ministério da Saúde e o claritomicida está sendo adquirido pelo Estado, sendo o antibiótico que está em falta.

São 60 comprimidos por mês e a caixa com dez unidades do antibiótico custa R$ 59. A direção Organização Social de Saúde, que administra o hospital, admite que este tipo de medicamento está em falta, mas explica que isso ocorre apenas há uma semana. A informação repassada é de que um lote do medicamento já foi comprado e a expectativa é que esteja disponível para os pacientes em 10 dias. “Estávamos com dificuldades para conseguir o remédio por um problema com fornecer, mas já resolvemos”, disse o superintendente da Organização Social Ipas, Edemar Paula da Costa.

Segundo a SES, as pacientes estão sendo atendidas no Centro Estadual de Referência de Média e Alta Complexidade do Estado (Cermac), do Hospital Metropolitano. Os nódulos estão sendo retirados para que a infecção seja contida. Passaram por cirurgia aquelas que encontram-se em situação mais grave. As demais continuam fazendo tratamento para que a bactéria não evolua.

















Pacientes ficaram com várias feridas durante tratamento na clínica


O Centro começou a atender pacientes em situação mais grave desde o dia 16 de julho deste ano quando o caso veio à tona. A SES estima que há outras pessoas que estejam contaminadas e, por isso, continua a ser feita a triagem por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância da Saúde.

Um laudo assinado por um médico infectologista confirmou a causa da reação nas pacientes devido a uma micobactéria que se espalha rapidamente pelo organismo. Relatou ainda que infecção pode ter sido causada pela falta de esterilização dos materiais. A responsável pela clínica que funcionava no bairro Consil, na capital, era uma enfermeira, o que já é um erro, como declarou o Conselho Regional de Medicina (CRM-MT).

terça-feira, 16 de outubro de 2012

IDOSA ENTERRADA EM SÃO JOÃO DE MERITI


Parentes e amigos no enterro da idosa


Idosa que recebeu café com leite na veia é enterrada sob aplausos
Clima de dor e indignação marcou enterro em São João de Meriti.
Família não se conforma com dados do atestado de óbito.

16/10/2012


Sob aplausos de amigos e parentes e cânticos religiosos, Palmerina Pires Ribeiro, de 80 anos, que morreu após ter recebido, por engano, café com leite na veia, pela sonda errada, foi enterrada na manhã desta terça-feira (16) no Cemitério Vila Rosali, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ela deixa 16 filhos, 30 netos e 12 bisnetos.

Revoltados, familiares e amigos não se conformam com o atestado de óbito, que não específica a causa da morte da idosa, ocorrida no último domingo, no Posto de Atendimento Médico (PAM) de São João de Meriti. A filha Zilma Ribeiro, que é agente de saúde no Rio, exibiu o documento onde aparecem como causadores da morte de Palmerina infecção urinária, infecção pulmonar e uma doença não identificada.

"Que doença é essa que aparece como XXX,no atestado? Isso é um absurdo. Minha mãe estava prestes a deixar o hospital. Já estava com o pulmão limpo e a urina límpida. Estava só terminando a sequência do antibiótico para ir para casa", reclamou a filha, que confundiu os símbolos usados para finalizar a frase do atestado de óbito com a falta de uma explicação sobre a doença declarada no documento.

Parentes suspeitam ainda que, além da injeção de café com leite na veia, Palmerina tenha sido vítima de excesso de medicamentos. Zilma contou que a diretora do PAM teria informado que tinham aplicado na paciente uma determinada substância para tentar reverter os danos causados pela injeção errada.

"Esse medicamento, segundo a médica, não era o ideal. Ele foi aplicado. Mas logo depois, ela disse que tinha encontrado um outro medicamento mais indicado e que ele tinha sido injetado na minha mãe. Se isso aconteceu, minha mãe pode ter morrido por excesso de medicação", disse Zilma.
Atestado de óbito de Palmerina: infecção urinária, infecção pulmonar e doença não especificada.

A filha Loreni, que estava com Palmerina no hospital, diz que viu tudo e não se conforma com o descaso dos responsáveis do posto de saúde.

"Não tenho dúvidas de que era café com leite, que a estagiária injetou na minha mãe. Enquanto tiver olhos para ver e boca para falar vou dizer isso. Foi mais de meio copo de café com leite. Os médicos já reconhecem que houve erro, mas o atestado de óbito não mostra nada", disse Loreni indignada.

Os parentes acusam uma estagiária pelo erro no procedimento. Durante o velório e o enterro, parentes e amigos de Palmerina exibiram cartazes de protesto contra a morte da idosa.

"Isso é um absurdo, quem vai trazer minha avó de volta? Ninguém faz nada, ninguém nos dar uma satisfação, ninguém do hospital sequer respeita a dor da nossa família. Minha avó era uma senhora muito querida e amada. Isso é um grande descaso", relatou um dos netos da vítima, Gilberto Ribeiro, de 36 anos, que acrescentou ainda que no momento em que o procedimento foi realizado, a estagiária estava sem supervisora.

"Minha tia estava com ela e disse que na hora em que a estagiária foi aplicar o café com leite na sonda, não havia nenhuma enfermeira supervisora por perto. Aí em vez de ela colocar o café na sonda do nariz, que iria direto para o estômago da minha avó, ela colocou o alimento na sonda que levou o café para a veia e minha avó morreu", completou.

Segundo uma das filhas de Palmerina, Ilma Ribeiro, a mãe ficou internada com suspeita de pneumonia durante 10 dias no Hospital de Saracuruna, também na Baixada. Em seguida, ela apresentou uma melhora e foi para casa. No entanto, no dia seguinte, a idosa passou mal novamente e foi encaminhada para o PAM de São João, de onde, segundo os filhos, ela receberia alta nesta segunda.

Em nota, a Prefeitura de São João de Meriti informou que uma sindicância foi aberta para esclarecer o caso e que a estagiária e as enfermeiras supervisoras foram afastadas de suas funções.

Na quarta-feira (10), uma outra idosa, de 88 anos também morreu após uma enfermeira injetar sopa em sua veia. O caso ocorreu em Barra Mansa, na Região Sul Fluminense. No mesmo dia, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu uma sindicância para apurar o ocorrido.

O Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (COREN- RJ) vai entrar na justiça, nesta terça-feira (16), para obrigar as duas unidades de saúde (São João de Meriti e Barra Mansa) a fornecerem toda a documentação referente ao óbitos.

Leia a íntegra da nota enviada pela Prefeitura de São João de Meriti
"A Prefeitura de São João de Meriti, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa que está sendo aberta sindicância administrativa para esclarecer o caso e que tanto a estagiária técnica de enfermagem, como as enfermeiras supervisoras de estágio e de plantão na unidade de saúde foram afastadas de suas funções. Os responsáveis pelo erro serão punidos exemplarmente e deverão também responder a inquérito aberto na 64ª DP (Vilar dos Teles)".

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

CAFÉ COM LEITE NA VEIA




Idosa morre após receber café com leite na veia e família acusa estagiária
Palmerina Pires estava internada há 10 dias no PAM de São João de Meriti.
Prefeitura do município informou que funcionárias foram afastadas.


15/10/2012

A família da idosa Palmerina Pires Ribeiro, de 80 anos, acusa uma estagiária do Posto de Atendimento Médico (PAM) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, de aplicar, por engano, café com leite na veia e ter sido o erro, a causa da morte da idosa. O caso aconteceu na tarde de domingo (14). Em entrevista ao G1, na manhã desta segunda-feira (15), a neta da vítima, Karen, disse que os parentes estão 'chocados' com o ocorrido.

"Minha avó estava internada há dez dias na unidade com um quadro de infecção renal. O quadro de saúde dela, segundo os médicos, era grave. No entanto, ela estava consciente e se recuperando aos poucos. E ontem, de repente, ela piorou e minha mãe acabou desconfiando de que havia alguma coisa errada", explicou a jovem, que acrescentou que sua avó começou a ter convulsões em questões de segundos:

"Ela começou a passar mal muito rápido. A partir daí, minha mãe foi olhar o soro dela e viu que tinha um líquido marrom dentro e, em cima da mesa, ao lado da cama da minha avó, tinha um copo vazio, que era de café com leite", completou.

Em nota, a Prefeitura de São João de Meriti informou que uma sindicância foi aberta para esclarecer o caso e que a estagiária e as enfermeiras supervisoras foram afastadas de suas funções.

Ainda de acordo com Karen, a unidade de saúde não tinha remédios adequados para o tratamento da sua avó. O corpo de Palmerina ainda estava no PAM por volta das 8h50 desta segunda-feira.

Leia a íntegra da nota enviada pela Prefeitura de São João de Meriti

A Prefeitura de São João de Meriti, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa que está sendo aberta sindicância administrativa para esclarecer o caso e que tanto a estagiária técnica de enfermagem, como as enfermeiras supervisoras de estágio e de plantão na unidade de saúde foram afastadas de suas funções. Os responsáveis pelo erro serão punidos exemplarmente e deverão também responder a inquérito aberto na 64ª DP (Vilar dos Teles).

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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

SOPA DA VEIA


Idosa morre após ter sopa injetada na veia no Rio de Janeiro

10 de outubro de 2012

Uma paciente de 88 anos morreu na Santa Casa de Barra Mansa, no sul do Rio de Janeiro, após receber sopa na veia. A direção do hospital reconheceu o erro de uma funcionária, mas não acredita que o caso tenha provocado a morte da idosa. O enterro de Ilda Vitor Maciel aconteceu na manhã de terça-feira. Ela estava internada desde o dia 27 de setembro, vítima de um acidente vascular encefálico, que paralisou metade do corpo. Os filhos dizem que ela vinha apresentando sinais de melhora, segundo informações do Bom Dia Rio, da TV Globo.

De acordo com a família, na noite de domingo a idosa esperava pela sopa. "Injetou foi na veia. Quando injetou na veia, minha mãe pegou e começou a se bater, colocou a língua para fora e começou a se bater", disse a filha. Ela foi medicada, mas morreu 12 horas depois. A ficha de informação que solicita necropsia, assinada por uma médica da Santa Casa, sugere embolia pulmonar, quando as veias do pulmão são obstruídas, e diz que a injeção da sopa pode ter causado a morte. Já a declaração de óbito do Instituto Médico Legal (IML) de Volta Redonda coloca causa indeterminada, aguardando resultados de exames. A direção da Santa espera o resultado do laudo, que deve ficar pronto em 30 dias.

ÁCIDO NA GARGANTA DAS CRIANÇAS




SP: duas crianças são vítimas de erro médico e polícia investiga os casos
Em depoimento a polícia, uma enfermeira confirmou a troca de remédios que provocou as queimaduras em um dos casos.

28/09/2012

Em São Paulo, a polícia investiga dois casos de queimaduras dentro de um hospital em Itapeví. Duas crianças teriam recebido ácido no lugar do remédio.


Um menino, de 2 anos, que está internado em um hospital de São Paulo, com estado grave. A família não quis gravar entrevista. Já outra menina, de 4 anos, cuspiu ácido. Mesmo assim sofreu lesões na boca e em outras partes do corpo. Em depoimento a polícia, uma enfermeira confirmou a troca de medicamentos que provocou essas queimaduras na menina.

Letícia já corre pela casa, ri e brinca como qualquer criança de 4 anos de idade. As marcas do que passou nos últimos 10 dias já estão mais leves. No dia 19 deste mês, ela estava no Hospital Nova Vida, em Itapevi, por causa de uma febre. Ela ia fazer uma tomografia. Uma enfermeira trouxe um sedativo em uma seringa e entregou para a mãe dar o remédio para a menina.

“Na hora que eu coloquei na boca dela ela começou a cuspir. Conforme ela foi cuspindo, foi queimando toda a boca dela”, conta Patrícia Soares. Patrícia gritou pela enfermeira: “‘O que está acontecendo é normal?’ Ela viu o que estava acontecendo, viu que tinha algo errado e saiu para pedir socorro”, conta.

A enfermeira envolvida no caso contou na delegacia que recebeu a seringa com a substância das mãos de uma técnica de enfermagem. Assumiu que errou ao não conferir o medicamento. O advogado dela confirmou a troca de medicamentos: em lugar de um sedativo foi dado um ácido usado pra queimar verrugas. “Foi dado ácido e está sendo apurado de quem foi o erro”, afirmou.

O pai de Letícia diz que, até agora, o hospital não entrou em contato com a família. “Para mim é irresponsabilidade, erro, trocaram o medicamento, deram o medicamento errado. É falta de atenção por parte do hospital, do enfermeiro e do médico”, fala José Soares.

No boletim de ocorrência consta lesão corporal culposa, sem intenção. E a direção do Hospital Nova Vida informou que está investigando os casos.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

MORTE DE JOVEM DE 14 ANOS


Morte de jovem após cirurgia para retirar cisto é investigada


A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu inquérito para investigar a morte da estudante Anna Carolina Veiga Martins, de 14 anos, ocorrida no dia 18 se Setembro no Hospital Icaraí, em Niterói. A adolescente foi internada no dia 17 para retirar um cisto no ovário. Aparentemente, a cirurgia transcorreu normalmente, mas horas depois a menina começou a passar mal, sofreu duas paradas respiratórias e morreu.

A família acusa o hospital, particular, de negligência. A certidão de óbito afirma que a causa da morte ainda é desconhecida. Os conselhos regionais de Medicina e de Enfermagem também vão investigar o caso. Em nota, a direção do Hospital Icaraí afirma que o quadro da paciente estava normal até as 5h30 do dia 18, quando “a adolescente passou a apresentar alteração em seu quadro de saúde”. “Toda infraestrutura do Hospital Icaraí foi disponibilizada para assistir à jovem, que, no entanto, lamentavelmente, veio a falecer”, diz a nota.

“Logo após a morte, os membros das comissões internas se reuniram para apurar todos os procedimentos adotados pelos profissionais. O médico responsável pela cirurgia já foi ouvido, assim como a equipe da enfermagem que estava de plantão no período logo após o procedimento cirúrgico. O resultado da apuração será encaminhado aos conselhos regionais de Medicina e de Enfermagem”, conclui a nota, assinada pelo diretor técnico do hospital, Ranulfo Lima. A Polícia Civil ainda não se pronunciou sobre o caso.

ENFERMEIRA APLICOU MEDICAMENTO EM PACIENTE ALÉRGICA



Grávida morre no ES e família diz que houve erro médico em PA

adones 24 de setembro de 2012

Uma grávida, de 28 anos, morreu depois de seis horas tendo convulsões dentro do Pronto Atendimento (PA) de Itacibá, em Cariacica, na Grande Vitória, segundo a família. O irmão de Maria Lúcia dos Santos contou em entrevista ao G1 por telefone que ela foi levada à unidade de saúde às 2h de sábado (22), por falta de médico a paciente foi atendida por uma enfermeira que aplicou uma medicação que Maria Lúcia era alérgica e a partir daí teve várias convulsões. O irmão da paciente disse ainda que ela só foi transferida para um hospital às 12h, mas já chegou sem vida. A prefeitura de Cariacica informou que está investigando o que aconteceu e vai abrir um processo administrativo.

Maria Lúcia dos Santos, estava desempregada e ainda não sabia que estava grávida de dois meses. Na madrugada de sábado ela sentiu muita dor no estômago e foi levada pela cunhada ao PA de Itacibá.
'Hoje foi minha irmã, mas amanhã pode ser meu filho', disse irmão da grávida, no Espírito Santo.

Hoje foi minha irmã, mas amanhã pode ser meu filho', disse irmão.

“Não foi um médico que a atendeu foi uma enfermeira, por que não tinha médico na hora. Ela foi aplicar buscopan e eu disse que minha cunhada não podia tomar por que era alérgica, mas a enfermeira disse que sabia o que estava fazendo. Depois ela caiu, bateu a cabeça no chão e foi deitada em um banco. Os enfermeiros me tiraram de perto dela e quando eu voltei Maria Lúcia estava totalmente desacordada, tendo convulsões. O médico mesmo só chegou às 9h”, detalhou a cunhada, Laudicéia Nascimento Alves.

O irmão da grávida, o pedreiro Renato dos Santos, disse que a grávida foi levada às 12h para o Hospital Estadual São Lucas em Vitória onde foi constatado sua morte. “O médico que nos atendeu disse que ela teve morte cerebral devido as várias convulsões. Eu pretendo que a justiça seja feita, que alguém tome inciativa para punir o culpado. Hoje foi a minha irmã, mas amanhã pode ser meu filho. Então até quando isso vai? A gente tem que dar um basta”, desabafou Renato.


Velório

O laudo da morte de Maria Lúcia dos Santos será encaminhado à família nesta segunda-feira (24). O corpo da grávida foi levado ao município de Sooretama e será enterrado às 12h no cemitério Central. A auxiliar de serviços gerais morava no bairro Nova Rosa da Penha II, em Cariacica, era casada e deixa três filhos.

Prefeitura de Cariacica

A Prefeitura de Cariacica informou que está investigando o que aconteceu e vai abrir um processo administrativo. Disse ainda que havia uma médica no plantão e que foi a médica que fez o atendimento, já que nenhum enfermeiro pode receitar medicação.

GLICERINA NA VEIA DE NOVO


Erro médico mata idosa em hospital de MG
Enfermeiros de um hospital de Campo Limpo teriam injetado glicerina na veia da vítima; polícia investiga caso


quinta-feira, 27 de setembro de 2012


A Polícia Civil investiga a morte de uma mulher de 80 anos que teria recebido glicerina na veia em um hospital de Campo Belo, em Minas Gerais. A suspeita é de que uma técnica em enfermagem tenha aplicado o produto por engano.

A idosa foi levada com problemas intestinais para uma unidade de pronto-atendimento da cidade, no último dia 15 de setembro, mas foi encaminhada para o hospital no dia seguinte.

Segundo a Polícia Civil, ela ficou sob os cuidados médicos na enfermaria e, apenas no dia 20, foi transferida para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em estado grave. Ela teve uma parada cardiorrespiratória e morreu.

Ao filho da vítima, os médicos disseram que a solução de glicerina que deveria ter sido usada no procedimento de lavagem intestinal foi aplicada por engano na veia da paciente. A Polícia Civil abriu um inquérito e aguarda o resultado da necropsia para dar seguimento as investigações.

O delegado responsável pelo caso, Edson Sena, solicitou ao hospital o relatório completo do atendimento da paciente. Após a chegada do prontuário, todas as pessoas envolvidas no caso serão intimadas para prestar depoimento.

sábado, 18 de agosto de 2012

PRESCRIÇÃO INCORRETA DE MEDICAMENTO


24.05.2012

Erro médico mata criança no Hospital Souza Aguiar


Rio - O menino Luiz Felipe Siqueira de 8 anos, teve uma parada cardíaca e morreu nesta segunda-feira após ingerir medicamento ao qual era alérgico no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. Ele havia dado entrada na unidade com febre e dores no corpo no último sábado. As informações são do SBT Rio.

A mãe da criança avisou aos médicos que o menino seria alérgico à alguns remédios. "Eu não levei meu filho para morrer. Se é uma unidade médica, eles não poderiam cometer o erro de dar uma medicação que ele não poderia tomar" disse a mãe.

http://appsodia.ig.com.br/portal/tvodia/videos/O_DIA_ONLINE_TV_O_DIA_crianca_morre_por_erro_medico.shtml

terça-feira, 7 de agosto de 2012

MAIS UM ABSURDO !



Hospital admite erro médico durante cirurgia de adolescente em Belém
Jovem seria operado para retirar um pino do pulso.
Hospital lamenta e diz que nomes homônimos provocaram a confusão
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02/05/2012

Um adolescente de 14 anos foi vítima de erro médico em um hospital de Belém (PA). Segundo a mãe do jovem, a dona de casa Iranilda Maria Santos Silva, o menino foi internado no dia 30 de abril para retirar um pino do punho. Porém, no momento da cirurgia, médicos começaram o procedimento no ombro do adolescente.

De acordo com dona Iranilda, os médicos informaram que o procedimento de retirada do pino levaria aproximadamente 15 minutos. Depois de duas horas esperando pela saída do filho, ela foi informada por uma enfermeira que o procedimento que estava sendo realizado no ombro do garoto era demorado. A dona de casa disse então, que o menino tinha sido internado para retirar um pino do pulso, e não do ombro.

Ainda segundo a dona de casa, a enfermeira entrou imediatamente na sala de cirurgia para avisar a equipe médica sobre o erro. Os médicos interromperam a cirurgia, e fizeram a operação correta. Ao encontrar com a mãe, o adolescente contou ter visto que o raio-x na sala de cirurgia não era o seu. O jovem tentou avisar para os médicos, mas segundo ele ninguém lhe deu atenção.

Um dos profissionais da equipe que operou o jovem conversou com a mãe do adolescente na última segunda-feira (30), mesmo dia em que foi feita a cirurgia, confirmando o equívoco inicial. Inconformada com a confusão, a dona de casa registrou um boletim de ocorrência pelo erro médico. O incidente está sendo investigado pela polícia.

Em nota, o Hospital Infantil Santa Terezinha informou que o fato "decorreu de uma situação em que os pacientes que seriam submetidos a um pequeno procedimento cirúrgico eram homônimos e no momento da chamada daquele que teria o procedimento no OMBRO, quem ingressou na sala de cirurgia foi o menor que iria ter um procedimento no PUNHO, e os médicos vendo a radiografia, fizeram uma pequena incisão no ombro, e como não havia nada a ser retirado, logo ficou constatado que se tratava de outro menor, sendo o mesmo imediatamente suturado e realizado o procedimento correto.Ressalta-se que nenhum prejuizo de natureza fisiológica ou estética foi causado no menor, ou lhe deixará sequelas posteriores". O hospital afirmou, ainda, que lamenta o ocorrido.

O Conselho Regional de Medicina do Pará também se manifestou, e disse que vai abrir uma sindicância para apurar o caso.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

MENINA MORRE POR ERRO EM RADIOTERAPIA




Morre menina queimada em centro radioterápico no Rio de Janeiro


Maria Eduarda se tratava de leucemia grave e foi queimada em outubro.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Pais de Maria Eduarda, de 7 anos, estão inconformados com a morte da menina na quarta-feira (30). A menina, que tinha uma forma rara de leucemia diagnosticada em 2010, foi vítima de queimaduras graves durante tratamento da doença, no Centro Radioterápico San Peregrino, na Tijuca, na Zona Norte do Rio, como informa o RJTV.
Segundo os pais, Maria Eduarda começou a fazer as sessões de quimioterapia logo após o diagnóstico. Mas os médicos informaram que seria necessário complementar o tratamento com radioterapia.
As sessões foram feitas no centro radioterápico, que funciona dentro do Hospital Venerável da Ordem Terceira da Penitência, na Tijuca, em outubro do ano passado. A família percebeu que a pele da menina escureceu, mas segundo o pai de Maria Eduarda, a médica responsável pelo tratamento disse que era um dos efeitos colaterais.
“Quando começaram a se manifestar as lesões na cabeça no coro cabeludo, ainda estava no início e eu ainda levei foto, expliquei a ela que não era normal. Inclusive os médicos nunca viram coisa igual”, disse o pai de Maria Eduarda, Ronaldo Rodrigues Rosa.
As sessões continuaram e a menina começou a apresentar queimaduras na orelha, na cabeça e danos cerebrais, que levaram a dificuldades para falar e andar.
saiba mais

Os pais de Maria Eduarda a levaram ao hospital para fazer curativos. Segundo a equipe médica que atendeu a menina, ela desenvolveu a Síndrome Cutânea da Radiação, que acontece quando o paciente é exposto a radioterapia. No caso da menina, ela apresentou o grau mais profundo do problema. O lobo direito frontal do cérebro foi afetado. Esta parte é responsável, entre outras funções, pelo comportamento e capacidade de locomoção.
O pai entrou com uma ação na 4ª Vara Cível de Bangu, na Zona Oeste. O juiz responsável pelo caso nomeou um médico do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para fazer uma perícia no equipamento de radioterapia usado na menina durante as sessões.
De acordo com o laudo, a máquina não tinha nenhum defeito na regulagem. Mas o perito não pode analisar a dose ministrada na paciente, porque as informações ficam na ficha de tratamento. As fichas que já tinham sido enviadas para o advogado de defesa do centro radioterápico.
O perito concluiu que o protocolo de atendimento foi seguido, mas não descartou a possibilidade de ter havido erro humano no cálculo ou na aplicação da dose durante o tratamento.
Segundo a família de Maria Eduarda, o centro radioterápico propôs um acordo para resolver a questão. Mas eles preferiram o levar o caso adiante e esperam que os culpados sejam punidos.
Homicídio culposo
O caso está na 19ª DP (Tijuca), de acordo com a polícia, a física Lídia Cristina Salzberg e os técnicos Hosana Pereira Cirino e Richardson Magno Medeiros de Moura responder homicídio culposo. O caso foi encaminhado à Justiça.
Lídia é a física que calculou a quantidade das sessões de radioterapia, e os outros dois são as pessoas que operavam a máquina de radioterapia.
O Centro Radioterápico San Peregrino foi interditado no dia 17 de fevereiro e continua interditado até hoje. Em nota, a Clínica San Peregrino disse que, assim que as causas das lesões foram identificadas, começou a prestar tratamento especializado. Ainda determinou a seus médicos e advogados que se prontificassem a oferecer toda a ajuda necessária e solicitada pelos pais da menina.
Sobre os funcionários que vão responder por homicídio culposo, a clínica disse que espera o pronunciamento das autoridades para definir a condução do caso.
O Tribunal de Justiça, em nota, disse que, até agora, não houve comunicação oficial sobre a morte de Maria Eduarda. Ainda segundo o TJ-RJ, também não houve petição e a juíza tomou conhecimento do caso pela imprensa.

BEBÊ MORRE POR APLICAÇÃO DE LEITE NA VEIA





Suposto erro médico, mata bebê de 1 mês em Contagem, Minas Gerais

8/3/2012


A cidade mineira de Contagem, está chocada com a morte de um bebê de apenas um mês de vida. Arthur Felipe Alves de Oliveira deu entrada no Hospital Municipal, na Grande Belo Horizonte, com uma insuficiência cardíaca, mas em quadro estável. A morte pegou os pais de surpresa e a denuncia de um próprio funcionário do hospital gerou um espanto ainda maior, segundo ele, a pessoa que fez o atendimento injetou leite na veia da criança, no lugar de soro.

A mãe, está revoltada em pensar que a morte de seu filho pode ter sido provocada pelo erro de um profissional de saúde. Os familiares aguardam o laudo que irá apontar a causa da morte, que pode demorar 30 dias.

A direção do hospital informou que abriu uma sindicância para apurar o caso e afastou a técnica de enfermagem que atendeu o bebê.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

ERRO MÉDICO NO CEARÁ


"Erro médico mata mulher no Ceará"

Publicado em 23/07/2011 pelo(a) Wiki Repórter Roberto Leal, Salvador - BA
A Polícia Civil do Ceará instaurou inquérito para apurar a morte de uma aposentada de 75 anos, após ter recebido glicerina no lugar de soro no Hospital Geral de Missão Velha. Depois de passar mal, a paciente foi levada ao Hospital São Vicente de Paulo, em Barbalha, cidade vizinha.

A equipe médica, em Barbalha percebeu o erro, mas a mulher não resistiu e faleceu horas depois de ser atendida. Funcionários do Hospital de Missão Velha serão ouvidos. A polícia vai apurar de onde partiu o erro, procurando punir os responsáveis.

sábado, 12 de maio de 2012

Doar medula não é tão seguro como apregoam.


Universitária morreu por erro médico, segundo o
IML
(Foto: Reprodução/TV )
21/07/2011
Erro médico matou doadora de medula óssea em SP, diz IML
Universitária de 21 anos morreu após fazer procedimento para doação.
Caso aconteceu em São José do Rio Preto, no interior de SP.


O laudo entregue nesta quinta-feira (21) à Polícia Civil confirma que a universitária Luana Neves Ribeiro, de 21 anos, morreu por causa de erros médicos cometidos enquanto esteve internada no Hospital de Base (HB) de São José do Rio Preto, a 440 km de São Paulo. Luana morreu no dia 4 de julho quando era submetida a preparativos médicos para fazer a doação da medula óssea para uma criança com leucemia do Rio de Janeiro.

A morte levou o hospital a paralisar a coleta de medula para transplante e o Conselho Regional de Medicina (Cremesp) e a Polícia Civil a abrirem investigação.

O laudo, do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp), atesta que a jovem teve a veia subclávia perfurada, o que causou hemorragia e um choque hipovolêmico - queda de pressão causada por grande vazamento de sangue -, que a levou à morte. As perfurações ocorreram durante a tentativa de implantar um cateter para fazer a coleta da medula na veia subclávia (próxima da jugular) esquerda, segundo o laudo.

Os médicos não diagnosticaram as perfurações e liberaram a moça, que estava hospedada em um hotel de Rio Preto. Quatro horas depois, Luana foi levada à emergência do hospital reclamando de fortes dores e agonizou por mais de uma hora sem receber atendimento de médicos. Mas, ao ser assistida, foi novamente vítima de outros procedimentos errados, e morreu.

Nesta quinta-feira, o delegado João Lafayete Sanches Fernandes, do 5º Distrito Policial, onde foi aberto inquérito para apurar a responsabilidade pela morte da universitária, ouviu mais duas médicas, uma responsável pelo implante do cateter e outra que a atendeu na emergência. O médico também recebeu o laudo do SVO.

O documento mostra que houve "múltiplas perfurações em veia subclávia esquerda", como causa básica da morte. Em consequência, surgiram hemorragias intratorácicas, que causaram o choque hipovolêmico. "O choque hipovolêmico resulta da perda sanguínea ou volume plasmático. Isso pode ser causado por hemorragia, perda líquida ou trauma, sendo que o choque é uma disfunção que, se não corrigida, leva à morte", diz o laudo.

Com o documento, o delegado espera poder apontar os responsáveis pela morte da universitária. O Hospital de Base informou, por meio de sua assessoria, que não se manifestará sobre o assunto até o encerramento da sindicância aberta para apurar o caso.

terça-feira, 8 de maio de 2012

CEGOS, SURDOS E LOUCOS





PE: clínica que deixou pacientes cegas tinha água contaminada


08 de maio de 2012

Celso Calheiros
Direto do Recife

A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) apresentou nesta terça-feira o resultado da investigação feita no Instituto da Visão de Pernambuco, em Caruaru, 130 km do Recife. Foram encontradas 54 irregularidades em todos os setores da clínica privada, com destaque para a estrutura física inadequada, má esterilização de materiais cirúrgicos e contaminação da água utilizada.

No dia 26 de março, quatro mulheres que realizaram cirurgia de catarata na clínica desenvolveram inflamação do globo ocular (endoftalmite bacteriana aguda) e ficaram cegas. A inflamação foi causada pela bactéria Serratia marcescens, do grupo dos coliformes. De acordo com o relatório da Apevisa, toda água do instituto, inclusive a do bloco cirúrgico, era contaminada por bactérias do mesmo grupo das que causaram a cegueira das pacientes.

O gerente-geral da Apevisa, Jaime Brito, evitou taxar como causa da inflamação que levou à cegueira a presença de água contaminada por bactérias na clínica oftalmológica. No entanto, classificou a relação como "provável".

Além da água contaminada, os técnicos da Apevisa constataram falta de barreiras médicas. "Só deve entrar no bloco cirúrgico quem estiver com roupa e equipamento adequados, como jaleco e luvas. Isso não acontecia lá", relatou a médica infectologista da agência Ana Paula Henriques.

Ela também citou que a Central de Material e Esterilização não atendia à legislação e apresentava inadequações no cruzamento e no fluxo dos materiais, além da ausência de áreas imprescindíveis ao processo. O fluxo é fundamental para que o material que retornou da sala de cirurgia não tenha contato com o material esterilizado. "Pode-se dizer que a esterilização da clínica era irregular".

O bloco cirúrgico da clínica foi fechado em caráter preliminar, com prazo inicial de 90 dias, no dia 30 de março. Em 11 de abril, o Instituto de Visão recebeu uma infração. Os responsáveis médicos se defenderam, formalmente, e seus argumentos serão analisados pela Apevisa, explicou Jaime Brito. "O processo poderá ser arquivado ou a clínica receber uma penalidade, que vai da advertência à interdição definitiva. Além disso poderá pagar uma multa com valor estipulado entre R$ 2 mil e R$ 1 milhão", disse o gestor da Agência.

Em outra esfera institucional, a Apevisa encaminhou o relatório a todos os órgãos que instauraram processo para apurar o caso, como a Polícia Civil de Pernambuco, o Ministério Público Estadual e a vigilância sanitária de Caruaru, responsável pela fiscalização sanitária do Instituto de Visão de Pernambuco. A Vigilância Sanitária também oferecerá o relatório às vítimas, para que queiram ingressar na Justiça, e ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). Polícia, promotores e vítimas tratam o fato como crime.

O Instituto de Visão de Pernambuco espera a divulgação do relatório da Apevisa no site da agência para poder se manifestar, adiantou a assessoria de comunicação da clínica.

ÁCIDO NA GARGANTA


Rogério de Matos Novais, pai de Alan, na porta do Hospital Felício Rocho






Enfermeira dá ácido em vez de remédio a criança em hospital de BH Hospital admite troca de remédio ministrado em criança, que teve o esôfago queimado

11/04/2012
Guilherme Paranaiba

Uma possível troca de medicamentos no Hospital São Camilo, Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte, teria causado uma inflamação aguda no esôfago do pequeno Alan, de 2 anos, quando ele se preparava para fazer uma tomografia. O menino foi levado ao hospital no domingo, depois de bater a cabeça em casa, no Bairro Jardim dos Comerciários, Região de Venda Nova. Na hora de ser sedado para fazer o exame, teria recebido uma substância ácida usada para cauterizar verrugas.

Segundo a mãe de Alan, Erica Aparecida da Castro Novais, de 31 anos, uma enfermeira ministrou o remédio e ficou sem saber o que fazer no momento em que a criança rejeitou parte da substância. "Peguei meu filho e levei na mesma hora até a médica dizendo que havia algo errado. Ela não viu nada de anormal, mas rapidamente apareceram manchas na boca e no rosto indicando que ele tinha queimaduras. O diretor do hospital reconheceu que houve uma fatalidade e o remédio foi trocado", disse a mãe.

Ainda segundo Erica, a criança foi examinada por uma junta médica e liberada, para voltar ao hospital no dia seguinte. "Ele chorou e teve febre durante toda a segunda-feira e então resolvi ligar para o hospital. A ambulância do plano de saúde o pegou em casa e a médica garantiu que no estado em que ele estava nunca deveria ter sido liberado", garante a mãe.

Alan voltou na noite de segunda e ficou em observação até ser transferido na tarde de ontem para o Hospital Felício Rocho, no Barro Preto, para ser submetido a uma endoscopia. "O exame apontou uma inflamação grave no esôfago, que é compatível com a ingestão de uma substância ácida", informou o coordenador da UTI Pediátrica do hospital, Waldemar Fernal. Segundo ele, nesta quarta ou quinta-feira, o pequeno Alan será submetido a um exame para ver se o estômago também foi afetado. Pelo menos por duas semanas Alan não vai receber alimentos pela boca.

"Alan se alimenta apenas com soro e, caso o estômago não tenha sido afetado, será colocada uma sonda para receber alimentos não sólidos. As funções vitais estão preservadas e o pequeno não corre risco de vida. Do ponto de vista neurológico, também não há problemas", disse o médico. O Hospital São Camilo vai se pronunciar nesta quarta-feira às 11h. A família registrou um boletim de ocorrência e a Polícia Civil deverá investigar o caso.

VASELINA NA VEIA CAUSA MORTE



09/12/2010
Promotoria instaura inquérito para investigar troca de soro por vaselina em hospital de SP


JULIANNA GRANJEIA
DE SÃO PAULO

O Ministério Público instaurou nesta quinta-feira um inquérito civil para investigar as condições dos profissionais e a forma de armazenamento dos medicamentos no Hospital São Luiz Gonzaga, no Jaçanã, zona norte de São Paulo. Na madrugada de sábado (4), Stephanie dos Santos Teixeira, 12, morreu após receber uma dose de vaselina na veia em vez de soro.

Auxiliar de enfermagem admite ter injetado vaselina em menina e é indiciada
Hospital mostra embalagens à polícia

Stephanie havia dado entrada no hospital na sexta (3) com dores abdominais, diarreia e vômito. A Santa Casa abriu sindicância para investigar o caso e afastou a equipe que atendeu Stephanie.

A auxiliar de enfermagem de 26 anos que atendeu Stephanie prestou depoimento na quarta-feira (8), no 73º Distrito Policial (Jaçanã), e admitiu que trocou os frascos na hora da aplicação. A profissional foi indiciada por homicídio culposo.

A promotora de Direitos Humanos da área de saúde pública, Ana Lúcia Menezes Vieira, --que baixou a portaria hoje para instauração do inquérito-- afirmou que irá ouvir funcionários e fazer uma vistoria no hospital.

"Vamos apurar as condições de atendimento do hospital, as condições dos técnicos, enfermeiros e médicos do hospital, bem como a forma de acondicionamento dos produtos, que pareciam que estavam em embalagens semelhantes, tanto o soro como a vaselina. Quem são os responsáveis pelo envasamento da medicação, quais são as regras para o acondicionamento e se estavam em local apropriado".

O Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo) e o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado São Paulo) vão participar da investigação, segundo a promotora.
Rubens Cavallari-6.dez.10/Folhapress
Frascos usados para armazenar vaselina líquida (dir.) e soro hidratante apresentados pelo hospital São Luís Gonzaga, onde Stephanie Teixeira, 12, foi atendida
Frascos com soro hidratante (esq.) e vaselina líquida apresentados pelo hospital São Luís Gonzaga, de SP

DEPOIMENTO


A Polícia Civil já ouviu oito pessoas envolvidas no caso. Segundo o delegado Antônio Carlos Corsi, responsável pelo inquérito, ainda restam quatro depoimentos. O inquérito policial deve ser concluído até sexta-feira (10), de acordo com o delegado.

Muito abalada e chorando, a auxiliar explicou ao delegado que, no momento de aplicar a medicação em Stephanie, pegou dois frascos, um em cada mão. "Em um dos frascos ela leu hidratação e, no outro, ela disse ter visto hidratação, mas era vaselina. É um erro, aconteceu, não foi vontade dela, mas é imperdoável, que não pode acontecer no caso de um enfermeiro", afirmou o delegado.

O advogado da auxiliar, Roberto Vasconcelos da Gama, afirmou que sua cliente foi induzida ao erro. "O recipiente preparado pela Santa Casa [mantenedora do hospital] não dispunha de elementos esclarecedores que desse a ela condições de saber que se tratava de vaselina líquida".

De acordo com o advogado, o setor onde estava a vaselina era apenas para soro fisiológico e glicosado --que teria a densidade mais parecida com a da vaselina. "Não era de conhecimento dela de que, naquele lugar, haveria vaselina --que nem intravenosa é-- no recipiente igual e com a mesma diagramação do soro", afirmou Gama.

Sobre o argumento de que a vaselina não poderia estar guardada junto com o soro, o delegado afirmou que ainda vai apurar a informação. "Segundo informações que recebemos da Santa Casa, disseram que isso nunca ocorreu e que a medicação é usada dessa forma há muito tempo. Vamos apurar se o hospital também tem responsabilidade", afirmou Gama.

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08/12/2010
Auxiliar de enfermagem admite ter injetado vaselina em menina e é indiciada em SP

JULIANNA GRANJEIA
DE SÃO PAULO

A auxiliar de enfermagem de 26 anos que atendeu Stephanie dos Santos Teixeira, 12 na última sexta-feira no hospital São Luiz Gonzaga, no Jaçanã (zona norte de São Paulo), admitiu, em depoimento à polícia nesta quarta-feira, que aplicou vaselina em vez de soro na veia da menina. Ela foi indiciada sob suspeita de homicídio culposo (sem intenção de matar).

Hospital mostra embalagens à polícia

Stephanie foi internada com dores abdominais, diarreia e vômito, e morreu na madrugada de sábado (4), após receber a dose de vaselina.

O advogado da auxiliar, Roberto Vasconcelos da Gama, afirmou que sua cliente foi induzida ao erro. "O recipiente preparado pela Santa Casa [mantenedora do hospital] não dispunha de elementos esclarecedores que desse a ela condições de saber que se tratava de vaselina líquida".

De acordo com o advogado, o setor onde estava a vaselina era apenas para soro fisiológico e glicosado --que teria a densidade mais parecida com a da vaselina. "Não era de conhecimento dela de que, naquele lugar, haveria vaselina --que nem intravenosa é-- no recipiente igual e com a mesma diagramação do soro", afirmou Gama.

O defensor da auxiliar também disse que a vaselina foi usada no pronto-socorro infantil --onde a auxiliar atua-- para o atendimento de uma criança queimada e lamentou a morte da criança. "[O erro] Não pode acontecer, é lamentável, mas aconteceu porque se trata de ser humano. Foi erro também de quem não pensou na política correta de acondicionar aquilo", disse Gama.

Segundo o advogado, a auxiliar é formada há dois anos e trabalha há um ano e meio no hospital.

O delegado Antônio Carlos Corsi, do 73º Distrito Policial (Jaçanã), --responsável pelo inquérito-- afirmou que a auxiliar está "muito traumatizada" e chorou durante o depoimento. "Ela disse que a maior pena que alguém vai responder será dela porque foi um procedimento dela que causou um homicídio", disse Corsi.

A auxiliar explicou ao delegado que pegou dois frascos, um em cada mão. "Em um dos frascos ela leu hidratação e, no outro, ela disse ter visto hidratação, mas era vaselina. É um erro, aconteceu, não foi vontade dela, mas é imperdoável, que não pode acontecer no caso de um enfermeiro", afirmou o delegado.
Rubens Cavallari-6.dez.10/Folhapress
Frascos usados para armazenar vaselina líquida (dir.) e soro hidratante apresentados pelo hospital São Luís Gonzaga, onde Stephanie Teixeira, 12, foi atendida
Frascos com soro hidratante (esq.) e vaselina líquida apresentados pelo hospital São Luís Gonzaga, de SP

Sobre o argumento de que a vaselina não poderia estar guardada junto com o soro, o delegado afirmou que ainda vai apurar a informação. "Segundo informações que recebemos da Santa Casa, disseram que isso nunca ocorreu e que a medicação é usada dessa forma há muito tempo. Vamos apurar se o hospital também tem responsabilidade", afirmou Gama.

O delegado afirmou que oito pessoas já foram ouvidas e ainda restam mais quatro. Hoje, além da auxiliar, dois médicos que atenderam Stephanie prestaram depoimento. Eles deixaram a delegacia sem falar com a imprensa.

O inquérito deve ser concluído até sexta-feira (10). A profissional pode pegar de um a três anos de detenção.

A Santa Casa abriu sindicância para investigar o caso e afastou a equipe que atendeu Stephanie. A assessoria do hospital não foi encontrada hoje para comentar o depoimento da auxiliar.